Dados biográficos
de
Pedro Versiani
Fernando da Matta Machado
Este texto pode ser livremente
reproduzido, parcial ou integralmente, por meio mecânico, digital ou por
qualquer outro meio, desde que mencionada a autoria de Fernando da Matta
Machado.
Copyright da organização e da introdução © 2008 Fernando da Matta Machado
Rio de Janeiro (RJ), 21 de agosto de 2008
Dados biográficos de Pedro Versiani
O leitor verá ao longo do texto
numeração seqüencial em algarismos arábicos, sobrescritos, correspondente às
referências bibliográficas apostas no final deste trabalho.
Nascimento, estudo, casamento e
ascendentes
Pedro José Versiani nasceu a 28 ou
29 de junho de 1853[*] no distrito do Senhor do Bonfim, termo da vila de
Montes Claros, hoje município de Bocaiúva, comarca do Rio São Francisco,
província de Minas Gerais.[1]
Faleceu no dia 11 de janeiro de
1937, aos 83 anos, na residência da família à Rua Tonelero nº 34, cidade do Rio
de Janeiro, então Distrito Federal.[2]
Depois da morte do pai dele, a mãe
transferiu a residência de Senhor do Bonfim para Diamantina, onde viviam os
pais, irmãos e irmãs dela. Ele fez os estudos de Humanidades no Seminário de
Diamantina. Lia fluentemente Latim e Grego.
Mudou-se para o Rio de Janeiro com a
finalidade de estudar para os preparatórios. De acordo com certidões da
Instrução Pública, foi nos exames preparatórios aprovado em Português, Francês
e Latim em novembro de 1871; em Geografia em fevereiro de 1872; em Inglês em novembro
desse ano; em Filosofia em fevereiro de 1873.[3] Aprovado em Aritmética, a 10 de março de 1873, por
uma comissão da Escola Central, a título de exame preparatório como candidato à
matrícula no primeiro ano daquela Escola.[4]
Ingressou no primeiro ano da Escola
Central (nome depois alterado para Escola Politécnica) a 12 de março de 1873,
com dezenove anos de idade. Matriculou-se no primeiro ano dos cursos de
Engenheiro Geógrafo, de Engenharia Civil e de Ciências Físicas e Matemáticas a
27 de abril de
Na Escola Politécnica, localizada na
Corte do Rio de Janeiro, concluiu as provas finais e o curso de Engenheiro
Geógrafo em 1877, referentes ao ano letivo iniciado em 1876; os exames finais e
o curso de Engenharia Civil em 1879, relativos ao ano escolar principiado em
1878. Colou grau de bacharel
Entre os membros das comissões que
examinaram Versiani nas matérias de provas finais de ano letivo citamos: — Visconde
do Rio Branco, Benjamin Constant, André Rebouças, Joaquim Murtinho, Medeiros
Mallet, Paula Freitas, Vieira Souto.
Dos colegas de turma na Escola
Politécnica destacamos: André Gustavo Paulo de Frontin, Olegário Dias Maciel,
Demétrio Nunes Ribeiro, Oscar Nerval de Gouvêa, Afonso Glicério da Cunha
Maciel, José de Andrade Pinto.
Casou-se no dia 6 de março de 1880,
em Diamantina (MG), com Maria Amélia da Matta Machado, filha de João da Matta
Machado e de Amélia Senhorinha Caldeira Brant. A esposa Maria Amélia nasceu em
16 de novembro de 1857 e faleceu a 1o de março de 1946, aos
88 anos, no Rio de Janeiro (RJ).[6] Pedro José Versiani e a esposa são primos em terceiro
grau, pois as avós maternas, Thereza Genuína da Luz Brandão e Senhorinha
Afonsina Fernandes, respectivamente, eram irmãs. O casal teve sete filhas e um
filho. Vários descendentes de Pedro Versiani sobressaíram na vida pública
nacional. Destacamos o professor Celso Cunha e o governador de Minas Gerais
Aécio Neves.
Damos a seguir os ascendentes dele.
Filho de Henriqueta Augusta Brandão Versiani e do médico Pedro José Versiani
Filho.
A mãe, Henriqueta Augusta Brandão
Versiani, natural do estado de Minas Gerais, era filha de Thereza Genuína da
Luz Brandão e de João Batista de Mello Brandão. O pai de Thereza Genuína foi
José Félix Fernandes. Henriqueta Augusta Brandão Versiani faleceu a 20 de
janeiro de 1922, aos 85 anos, na cidade do Rio de Janeiro.[7]
A mãe e a avó materna de Versiani
são personagens importantes do afamado livro memorialístico Minha vida de menina, que Alice Dayrell
Caldeira Brant publicou sob o pseudônimo de Helena Morley. Eram tia e avó da
autora. No livro, receberam o nome de Iaiá Henriqueta e Vovó Teodora. Em 2004,
houve o lançamento do premiado filme Vida
de menina, baseado no livro, e elas estão também no filme retratadas.
O pai, o médico Pedro José Versiani
Filho, nasceu a 16 de novembro de 1815. Formou-se pela Faculdade de Medicina do
Rio de Janeiro, em
O avô, o capitão Pedro José Versiani (cavaleiro
da Ordem de Cristo e cavaleiro da Ordem da Rosa) nasceu em Diamantina (MG) em
1782. Casou-se a 30 de janeiro de 1810 com Angélica Cláudia Pena, também
natural de Diamantina, filha de Francisco Martins Pena e de Cláudia Maria de
Santana. O capitão morreu a 24 de setembro de 1854 na Fazenda de Santo Elói,
sua propriedade rural, pertencente, na época, ao distrito do Senhor do Bonfim,
termo da vila de Montes Claros, hoje município de Bocaiúva. O casal teve 12 filhos,
nove meninos e três meninas. Os 12 nasceram e cresceram
João Antônio Maria Versiani (pai do
capitão Pedro José Versiani e bisavô do engenheiro Pedro José Versiani),
natural de Luca, na Itália, foi o primeiro Versiani a vir para o Brasil. Era
filho de Pedro Versiani e de Ângela Lensi. João Antônio exerceu em Diamantina
os cargos de guarda-livros e de caixa da Real Extração dos Diamantes.[9]
O autor destes dados biográficos
encontrou nos inventários do século XIX, que consultou na Biblioteca Antônio
Torres, em Diamantina, o nome familiar, de origem italiana, escrito à mão nas
seguintes formas (provavelmente como tentativas de abrasileiramento): Verciane, Verciani, Virciani, Versiane e Versiani.[10]
Engenheiro de estradas de ferro
Versiani trabalhou como engenheiro
de estradas de ferro, executando os seguintes tipos de tarefa: — reconhecimento
do terreno, estudos, locação, construção, fiscalização de estudo ou de
construção e chefia da construção.
Prestou serviços nas seguintes ferrovias
e órgãos do governo, em ordem cronológica: Estrada de Ferro de Petrópolis a São
José do Rio Preto, Companhia Mojiana de Estradas de Ferro, Estrada de Ferro de
Diamantina, Estrada de Ferro de Diamantina a Figueira, Estrada de Ferro Bahia e
Minas, Estrada de Ferro Vitória a Minas, Estrada de Ferro Noroeste do Brasil,
Inspetoria Federal das Estradas, Inspetoria Federal de Obras contra as Secas,
Estrada de Ferro Oeste de Minas e Rede de Viação Sul-Mineira.
A data inicial e final dos tempos de
serviço ou o período total a seguir mencionados foram alguns comprovados por
nós em documentação fidedigna, quase sempre de natureza governamental. Outros,
extraímos ou da Caderneta de Associado emitida pela Caixa de Aposentadoria e
Pensões da Rede de Viação Sul‑Mineira ou de anotações em cinco folhas
avulsas (a que denominamos de Códice A até Códice E) de próprio punho de Pedro
Versiani. Essas anotações foram feitas ao que parece em 1931 e algumas de
memória, com o fim de listar o tempo trabalhado para solicitar a aposentadoria.
Para os dados temporais anotados na caderneta ou nas cinco folhas volantes, não
nos foi possível, relativamente a certas ferrovias, confirmar a exatidão das
anotações por meio de documentos adicionais. Nesses casos, a data inicial e final
ou o período total provavelmente não são exatos, mas aproximados.
Estrada de Ferro de Petrópolis a São
José do Rio Preto
Versiani realizou estudos de Itaipava a Areal e Águas
Claras.
De acordo com o Códice A, em
novembro e dezembro de 1879 e 20 dias de janeiro de 1880 (dois meses e 25
dias).
Segundo o Códice B, de 10 de
dezembro de
O Códice C menciona apenas o tempo
de dois meses e 15 dias. O Códice D registra o período de 15 de novembro de
Com tantas variantes, somente
pesquisa futura poderá talvez decidir qual o período correto.
Companhia Mojiana de Estradas de Ferro
Estudos, locação e construção da
Estrada de Ferro Mojiana realizados
A Caderneta de Associado registra o tempo trabalhado de
15 de janeiro de
O Códice B menciona o período de 15 de abril de
O Códice D cita as datas de 21 de abril de
Estrada de Ferro de Diamantina
Engenheiro-chefe. Fiscalizou os
estudos que foram efetuados para a Estrada de Ferro de Diamantina (linha do Rio
das Velhas a Diamantina, Serro, Santana dos Ferros e Itabira) como engenheiro
da Companhia Viação Central do Brasil, no período de 1º de agosto de
Estrada de Ferro de Diamantina a
Figueira
Estudos
e reconhecimento do terreno em companhia do engenheiro Emílio Schnoor, durante dois
meses e 15 dias, segundo o Códice A.
Estrada de Ferro Bahia e Minas
A 13 de agosto de 1892, o presidente de Minas Gerais,
Afonso Pena, nomeou Versiani engenheiro fiscal dessa estrada de ferro.[11]
Em 9 de julho de 1895, foi designado engenheiro-chefe
do Prolongamento por decreto do presidente Crispim Jacques Bias Fortes, quando
o governo estadual chamou a si a direção dos trabalhos da construção.[12] No dia seguinte, tomou posse no cargo.[13]
Além de engenheiro-chefe com a incumbência de
construir o Prolongamento da estrada, continuou como fiscal da linha já
construída, em tráfego, administrada pela sociedade comercial Companhia Bahia e
Minas.
Entendendo que a exploração das estradas de ferro não
deveria ser feita diretamente pelo Estado, mas por empresa particular, alegando
a necessidade de reduzir as despesas com a ferrovia e a conveniência de
subordinar a uma única direção os serviços da construção e do tráfego, o
presidente mineiro, Silviano Brandão, expediu o Decreto no
1.192, por meio do qual destituiu todo o pessoal técnico e administrativo do
Prolongamento. Em conseqüência, Versiani foi dispensado a 4 de outubro de 1898.[14]
Quando em 9 de julho de 1895
Versiani assumiu a chefia da construção da Estrada de Ferro Bahia e Minas,
tinham sido inauguradas em território mineiro as estações ferroviárias Aimorés
(na divisa da Bahia, a 9 de novembro de 1882), Mayrink (km 49,600 da primeira a
13 de abril de 1891) e Urucu, hoje Carlos Chagas, (km 91 da primeira a 31 de
julho de 1892).[15] Essas quilometragens e as que vamos citar adiante
referem-se apenas à extensão em Minas.
Versiani inaugurou as estações de Presidente
Pena (km
Como foi dispensado em 4 de outubro
de 1898, não inaugurou a estação de Teófilo Otoni a 3 de maio de 1899 (km
233,800), embora tenha dirigido a maior parte dos trabalhos nos
Portanto, Pedro Versiani foi o
principal construtor da ferrovia
Ressalte-se que a dimensão total da
via férrea contava
Estrada de Ferro Vitória a Minas
Reconhecimento, estudos definitivos,
locação e construção ou de janeiro de
Os capítulos V e VI do livro O desbravamento das selvas do Rio Doce (Memórias), de Ceciliano
Abel de Almeida, narram atividades desenvolvidas por Versiani nessa ferrovia e
traçam-lhe o perfil psicológico.[18]
Estrada de Ferro Noroeste do Brasil
Em 18 de outubro de 1904, pelo
Decreto no 5.349, o presidente da República, Rodrigues Alves,
estipulou que a via férrea de Uberaba a Coxim, de que era concessionária a
sociedade comercial denominada Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do
Brasil, teria o traçado alterado de maneira a partir de Bauru e terminar em
Cuiabá.
Empossado presidente da República,
Afonso Pena determinou, a 25 de abril de 1907, através do Decreto no
Em 24 de março de 1908, por meio do
Decreto no 6.899, o presidente Afonso Pena aprovou a nova
modificação do contrato com a Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil
e autorizou a contratar com a mesma companhia a construção e o arrendamento da
Estrada de Ferro de Itapura a Corumbá, e daí à fronteira do Brasil com a
Bolívia.
A concessão anterior da linha férrea
de Bauru a Cuiabá feita àquela empresa reduzia-se ao trecho de Bauru a Itapura.
A concessão relativa ao segmento de Itapura a Cuiabá ficou anulada. O trecho de
Itapura a Cuiabá foi substituído pela Estrada de Ferro de Itapura a Corumbá, e
dali em direção à fronteira boliviana. Essa ferrovia era de propriedade da
União e não da sociedade particular. Entretanto, a construção ficaria a cargo
da própria Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil e a extensão da
linha construída lhe seria arrendada por 60 anos.
Com essas informações em mente,
podemos situar agora a participação de Versiani na estrada.
Realizou estudos para o trecho de
Corumbá a Porto Esperança e para o de Miranda a Aquidauana, no Mato Grosso do
Sul. De acordo com a Caderneta de Associado, trabalhou de 1o
de julho de
De acordo com Correia das Neves, em História da Estrada de Ferro Noroeste do
Brasil, o engenheiro Emílio Schnoor, designado em julho de 1907 para
efetuar o novo traçado, entregou a Versiani o reconhecimento dos terrenos no
trecho Corumbá‑Aquidauana. Em novembro daquele ano, estavam desenhadas e
prontas as plantas do reconhecimento realizado entre Corumbá e Aquidauana por
Versiani e mais dois engenheiros, com o inteiro reconhecimento dos rios
Aquidauana, Miranda e Mondego. Depois que os estudos de reconhecimento
Itapura-Corumbá foram concluídos, Versiani chefiou a exploração da Serra da
Bodoquena a Miranda.[19]
Na época, a viagem da cidade do Rio de Janeiro para
Corumbá, localizada à margem do Rio Paraguai, no então Mato Grosso, era por
vias marítima e fluvial. O navio descia a costa brasileira, fazendo escalas em
portos de cidades dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul; subia o Rio da Prata, o Rio Paraná, o Rio Paraguai (passava por
Montevidéu, Buenos Aires, Assunção) e chegava a Corumbá. Périplo longo e
cansativo. Tomava cerca de 30 dias.
Sobreviveram no arquivo familiar
cartas e cartões-postais, originais, escritos por Pedro Versiani no período em
que trabalhava na Noroeste, destinados sobretudo à esposa. Temo-los diante de
nossos olhos: podemos recuperar trajetos e tempos.
Ele fez três viagens para Corumbá. Na primeira, saiu
da cidade do Rio de Janeiro a 4 de julho de 1907. Na segunda, embarcou no Rio
de Janeiro a 5 de setembro de 1908 e chegou em Corumbá a 4 de outubro. Durou 30
dias. Na terceira, partiu provavelmente do Rio de Janeiro. Encontrava-se, a 21
de setembro de
A
6 de janeiro de 1908, estava
No dia 10 de outubro do mesmo ano, fez com o
engenheiro Antônio Nogueira Penido o contrato para a locação de
Inspetoria Federal das Estradas
Em 21 de setembro de 1917, foi nomeado pelo ministro
da Viação engenheiro fiscal de segunda classe, em comissão, da Inspetoria
Federal das Estradas, para fiscalizar os estudos e a construção da Estrada de
Ferro de Tubarão a Araranguá, ficando subordinado ao oitavo distrito de
fiscalização, com sede
Transferido para a Comissão de Fiscalização dos
Estudos e Construção da Linha de Barra Bonita e Rio do Peixe e Ramal do
Paranapanema, tomou posse e entrou em exercício em 31 de dezembro de 1918.[20]
Em 5 de abril de 1920, foi exonerado pelo ministro da
Viação do cargo de engenheiro fiscal de segunda classe da Comissão de
Fiscalização da Construção dos Ramais de Barra Bonita e Rio do Peixe.[21]
Inspetoria Federal de Obras contra as
Secas
A Caderneta de Associado registra o
exercício de atividades na Inspetoria Federal de Obras contra as Secas de 5 de
abril de
Estrada de Ferro Oeste de Minas
A 16 de outubro de 1925, foi nomeado
pelo ministro da Viação, Francisco Sá, para o cargo de chefe de seção da Quinta
Divisão Provisória da Estrada de Ferro Oeste de Minas.[22]
Em 29 de abril de 1927, o ministro da Viação, Victor
Konder, extinguiu a Quinta Divisão Provisória, e os serviços passaram a ser
executados por uma comissão especial, subordinada ao diretor da estrada. Em
decorrência da extinção, Versiani foi exonerado, e cessou a partir daquela data
seu trabalho na Oeste de Minas.[23]
Rede de Viação Sul-Mineira
Empossado no cargo de engenheiro em
1o de julho de 1928. Aposentou-se por volta de novembro de
1931.
Engenheiro de rodovias
Versiani realizou o planejamento, o orçamento, a
construção e a reparação de diversas estradas de terra, a maior parte nas
regiões vizinhas à Estrada de Ferro Bahia e Minas, sempre em nome e por conta
do governo de Minas Gerais.
Rodovias partindo de Urucu
Em outubro de 1892, o governo
solicitou que Versiani informasse a respeito da reclamação da Câmara Municipal
de Teófilo Otoni de que a Estrada de Urucu (Carlos Chagas) a Teófilo Otoni
estava sendo construída tão estreita que não se prestava ao trânsito de tropas
e cavaleiros.[24]
Em dezembro do mesmo ano, a
Secretaria da Agricultura lhe recomendou tivessem andamento os trabalhos de
construção da estrada de terra começando na estação ferroviária de Urucu e
terminando na estrada de rodagem de Filadélfia a Santa Clara. A finalidade era
a integração do transporte ferroviário com o rodoviário.[25]
Em dezembro do ano seguinte, houve
aprovação governamental para as contas apresentadas por Versiani relativas às
despesas de Rs 2:625$500 realizadas até 28-9-1893 com o melhoramento da picada
para a estação ferroviária de Urucu.[26] Em 21 de fevereiro subseqüente, aprovaram-se as
contas de despesas na importância de Rs 978$375 com o melhoramento da picada de
Urucu.[27]
O governo autorizou Versiani em
agosto de
Em dezembro do ano seguinte, a
Secretaria da Agricultura colocou à disposição dele Rs 5:063$500 referentes a
despesas em reparos na estrada de terra de Urucu a Teófilo Otoni.[29]
Rodovia do Córrego do Ouro
Ele propôs ao governo de Minas Gerais fosse
construída uma estrada de terra que partisse de um ponto da estrada de ferro,
mais exatamente, da futura Estação São Paulo (Francisco Sá), margeasse o Rio
Todos os Santos e o Córrego do Ouro, e encontrasse com a estrada carroçável de
Filadélfia a Santa Clara. A finalidade era a união e a conseqüente integração
da nova ferrovia com a antiga rodovia, para melhorar o tráfego dos gêneros
agrícolas, dos animais e das pessoas. Recebeu a denominação, nos documentos
oficiais, de Estrada do Córrego do Ouro. Em julho de 1894, o governo autorizou
Versiani a convidar a Companhia Estrada de Ferro Bahia e Minas a elaborar o
orçamento a fim de efetivar a construção da estrada de rodagem proposta.[30] Em fevereiro de 1895, o governo comunicou a Versiani
a expedição de ordem autorizando lhe fosse entregue a quantia de Rs 8:000$ para
continuar os serviços de construção.[31] Em abril, ele havia despendido a quantia de Rs 6:421$
na construção; em agosto foi autorizado a fazer os consertos e, em setembro, o
governo concedeu-lhe mais Rs 10:000$, com o propósito de a estrada ficar
regularmente construída.[32] Em novembro do ano seguinte, elevou-se
Rodovia de Teófilo Otoni a Peçanha
A 29 de setembro de 1892, ele foi
encarregado pelo governo de Minas Gerais de fazer o planejamento e o orçamento
de uma estrada de terra ligando as cidades de Teófilo Otoni e Peçanha.[34] Em novembro, o governo aprovou o traçado indicado por
Versiani.[35] Era necessário abrir uma picada, como trabalho
preliminar para o levantamento do plano e do orçamento.[36]
Em fevereiro de
Em maio de
Rodovia de Itambacuri ao Rio Santa
Isabel
O governo, em maio de 1895,
autorizou Versiani a empreitar com o diretor do aldeamento de Itambacuri, frei
Serafim de Gorízia, a conservação do trecho construído da estrada de terra
entre a povoação de Itambacuri e o Rio Santa Isabel.[41]
Rodovia do Rio Surubi ao Rio Urupuca
A 20 de março de
Rodovias diversas
A 17 de março de
Em outubro do mesmo ano, o governo
solicitou a Versiani que informasse a respeito da necessidade, caráter e valor
das obras na ponte sobre o Rio Todos os Santos, na localidade chamada Paiva[44] e, em junho do ano seguinte, que anunciasse ao
público as obras da estrada de terra de Teófilo Otoni ao Alto dos Bois.[45]
Em novembro de 1895, o governo
comunicou a Pedro Versiani que foram aprovadas as contas das despesas por ele
feitas com diversas estradas partindo do município de Filadélfia.[46]
Estação Pedro Versiani da Estrada de
Ferro Bahia e Minas
A inauguração da estação ferroviária
Pedro Versiani da Estrada de Ferro Bahia e Minas ocorreu no dia 4 de julho de
1898, de acordo com o relatório do diretor da Viação Férrea e Fluvial, anexo ao
relatório do secretário de Agricultura publicado em 1899. Localizava-se no
quilômetro 205 do trecho mineiro. Naquela data, inaugurou-se o segmento da
linha de Bias Fortes (depois Crispim Jacques) a Pedro Versiani. Anteriormente,
durante a construção da via férrea, recebera o nome de Estação da Saudade,
porque a região assim se chamava.[47]
Também em homenagem, uma locomotiva
daquela ferrovia foi batizada com o nome Versiani.
Trafegou na linha com o número 11. Tipo Mogul, classe 8—20 D. Recebida em junho
de 1895, para uso no trecho mineiro, foi montada em agosto do mesmo ano. Custo
da montagem, 367$163 mil-réis.[48]
Distrito de Pedro Versiani
O distrito de Pedro Versiani,
pertencente ao município de Teófilo Otoni, estado de Minas Gerais, foi criado
pela Lei (mineira)
no 336, de 27 de dezembro de 1948, que estabeleceu a
divisão administrativa do estado a vigorar a partir de 1o de
janeiro de 1949. Entretanto, para que houvesse a instalação distrital efetiva, fazia-se
necessária a delimitação prévia dos quadros urbano e suburbano da sede, por
força do art. 5o da mesma lei. Limitava-se com os
distritos de Teófilo Otoni, de Topázio e de Crispim Jacques; não se limitava
com os de Frei Gonzaga e de Pavão.
A divisão administrativa do estado
de Minas Gerais compreendia os municípios e os distritos. O distrito era a circunscrição
primária do território estadual, para fins da administração pública e da
organização judiciária.[49]
O acordo de 9 de julho de 1894 —
celebrado pelo governo mineiro com a Companhia Estrada de Ferro Bahia e Minas
para o empréstimo da quantia de até Rs 3.200:000$000 destinado à conclusão da
ferrovia — estipulou à companhia a obrigação de reservar, junto às estações da
linha férrea, a área de 400 por
Determinou também que o terreno
restante seria dividido em lotes, com os arruamentos necessários para a
formação de núcleos de população. Os particulares tinham o direito de comprar
da empresa os terrenos indispensáveis à construção de ranchos para tropa e à
abertura de pastos. Tendo por objetivo estimular o crescimento da população, da
agricultura, da pecuária e do comércio nas vizinhanças das estações
ferroviárias, essas medidas do governo incentivaram o crescimento populacional
e econômico ao redor da estação de Pedro Versiani. A estação de Pedro Versiani
originou o distrito de Pedro Versiani.[50]
Itambacuri
O aldeamento de Itambacuri, fundado
a 13 de abril de 1873 por frei Serafim de Gorízia com a ajuda de frei Ângelo de
Sassoferrato, tinha por finalidade a catequese dos índios e a sua integração na
cultura brasileira. Deu origem à atual cidade de Itambacuri. Em 24 de maio de
1893 os índios revoltaram-se contra esses dois diretores da aldeia, procuraram
matá-los a flechadas. Objetivavam afugentar os nacionais e tomar posse dos
mantimentos, da criação, das mercadorias, etc. Mas foram derrotados.
Pouco depois, indivíduos com
interesse no desaparecimento da catequização no Vale do Mucuri fizeram ao
governo mineiro grave denúncia sobre a ação catequizadora dos religiosos. Em
contrapartida, agricultores e comerciantes de Itambacuri pediram a conservação
dos frades capuchinos. O governo de Minas solicitou que
Versiani, pessoa de sua inteira confiança, averiguasse os fatos. Em relatório
de 10 de dezembro de 1893, ele pronunciou-se favorável aos dois franciscanos e
contrário aos denunciantes. Manifestou-se também a favor da conservação, ali,
dos capuchinhos. A manifestação de Versiani contribuiu para a continuação da
catequese e, conforme frei Jacinto de Palazzolo, no livro Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce, foi arrasadora para
os inimigos de Itambacuri.[51]
Companhia de Fiação e Tecidos Santa
Bárbara
Junto com mais oito sócios, Versiani foi um dos
fundadores, em 19 de maio de 1886, da sociedade
Sociedade de Geografia Econômica do
Estado de Minas Gerais, em Diamantina
Em 11 de maio de 1890, Pedro Versiani,
com 26 pessoas, fundou a Sociedade de Geografia Econômica do Estado de Minas
Gerais, na cidade de Diamantina, filial à de Ouro Preto. A entidade tinha por
objetivo impulsionar a indústria e o comércio mineiros, a imigração, bem como
fazer conhecidos no exterior os meios de prosperidade do estado de Minas
Gerais, com a finalidade de procurar vencer os obstáculos defrontados pelos
recursos de produção mineiros. Além de fundador, Versiani foi também diretor da
sociedade.[53]
Fazenda São Gotardo
Versiani dedicou-se à plantação de
café no município de Teófilo Otoni. Para isso, adquiriu (provavelmente na
última década do século XIX) a Fazenda São Gotardo, situada à margem do Ribeirão
São José, no distrito da cidade de Teófilo Otoni, com a extensão calculada em
157 alqueires de terras, que faziam parte da antiga Fazenda Amizade. Vendeu-a
em 16 de setembro de 1922.[54]
Perfil psicológico e comportamental
O perfil psicológico e comportamental,
conforme os que o conheceram, pode ser assim descrito:
Pedro José Versiani, ainda muito
jovem ao cursar Humanidades no Seminário de Diamantina, revelou possuir talento
superior e ser estudante consciencioso e aplicado.
Engenheiro notável. Desempenhava as
incumbências com inteligência e critério. Recebia da direção da empresa em que
trabalhava os maiores louvores e atenções. Um dos mais competentes técnicos de
sua especialidade, deixou apreciáveis trabalhos de engenharia e construiu
trechos difíceis de nossas estradas de ferro. Recebeu homenagens pelo seu
talento, patriotismo e bons serviços prestados à causa do engrandecimento do
município de Teófilo Otoni e do Norte de Minas.
Homem de bondade infinita e de
respeitabilidade singular. Não se envaidecia. Dotado de singeleza atraente,
cativava os que dele se aproximavam. Querido e respeitado pelo pessoal técnico
e pelos demais trabalhadores. Não passava despercebida a deferência com que os
auxiliares o tratavam, e como ele lhes retribuía as delicadezas recebidas.
Conquistou fama de chefe leal, magnânimo. Admiravam-lhe a prudência, a
tolerância, a mansidão invejável, as palavras sensatas, — tudo isso que
continha os ímpetos de seus auxiliares em situação de perigo.[55]
* * *
Fernando da Matta Machado, economista, autor do livro Navegação do Rio São Francisco, organizador do livro A Companhia de Santa Bárbara: um caso da
indústria têxtil
[*] No livro de “assentamento de alunos”, anos de
1872-1873, da Escola Politécnica, consta o nascimento como 28 de junho de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Pedro José Versiani. Caderneta de Associado
(Caderneta de Identidade) emitida a 19 de setembro de 1930. Caixa de
Aposentadoria e Pensões da Rede de Viação Sul-Mineira.
Brasil. Arquivo Nacional.
Série Educação. Ensino Superior IE3. Ministério da Educação. Escola Politécnica
(Escola Central). Assentamento de alunos. 1872-1873. IE3 802, p. 269.
[2] Pedro José Versiani. Quinta Circunscrição do Registro
Civil das Pessoas Naturais e Tabelionato da Capital do Estado do Rio de
Janeiro. Certidão de óbito. Lavrado o óbito à fl. 7 do livro nº 123 de registro
de óbitos, sob o número de ordem 60.
Falecimentos. Dr. Pedro José
Versiani. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (DF), 12 jan. 1937. p. 8, c. 3.
Atos
religiosos. Dr. Pedro José Versiani. Correio da Manhã, Rio de Janeiro (DF), 12
jan. 1937. p. 13, c. 7.
Atos religiosos. Dr. Pedro
José Versiani. Correio da Manhã, Rio de Janeiro (DF), 17 jan. 1937. p. 17, c.
7.
Dr. Pedro José Versiani.
Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Belo Horizonte, ano XLVI, no
12, 15 jan. 1937. p. 10, c. 2-3.
[3] Brasil. Arquivo Nacional. Série Educação. Ensino
Superior IE3. Ministério da Educação. Escola Politécnica (Escola Central).
Assentamento de alunos. 1872-1873. IE3 802, p. 70-70v e 269.
[4] Brasil. Arquivo Nacional. Série Educação. Ensino
Superior IE3. Ministério da Educação. Escola Politécnica. Termos de exames.
1858-1901. IE3 866, p. 69v-71.
[5] Brasil. Arquivo Nacional. Série Educação. Ensino
Superior IE3. Ministério da Educação. Escola Politécnica (Escola Central).
Assentamento de alunos. 1872-1873. IE3 802, p. 70-70v e 269.
Jubileu da Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Comemoração do 50o aniversário da sua fundação. 1874-1924. Rio de Janeiro: Tip. do Jornal do Comércio, de Rodrigues
& C., 1926. p. 105, 122 e 169.
Livro de
registro dos formandos desde 1876.
Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola Politécnica,
2004.
[6] Maria Amélia da Matta Machado. Arquivo Eclesiástico
da Arquidiocese de Diamantina. Livro de registro de batismo. 1851-1871. Caixa
296, fl. 32.
Maria Amélia da Matta
Versiani. Quinta Circunscrição do Registro Civil das Pessoas Naturais e
Tabelionato da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Certidão de óbito. Lavrado
o óbito à fl. 240v do livro no 161 de registro de óbitos, sob
o número de ordem 19.839.
[7] Henriqueta Versiani. Quinta Circunscrição do Registro
Civil das Pessoas Naturais e Tabelionato da Capital do Estado do Rio de
Janeiro. Certidão de óbito. Lavrado o óbito à fl. 140 do livro no
79-C de registro de óbitos, sob o número de ordem 115.
Departamento Nacional de
Saúde Pública. Declaração de óbito arquivada na Santa Casa da Misericórdia do
Rio de Janeiro, livro de óbitos no 107, fl. 25, no
2.160.
[8] Virciani Filho, Pedro José. A higiene da velhice. Rio de Janeiro: Tip. Imparcial de Francisco
de Paula Brito, 1845. 66 p. [Consultar na Biblioteca da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), situada na Ilha do Fundão,
Rio de Janeiro (RJ)].
[9] Versiani dos Anjos, Rui Veloso. História da família Versiani. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de
Minas Gerais, 1944. p. 12, 17-20, 27 e 38-41.
Versiani dos Anjos, Rui Veloso. Os bens de um caixa da Real Extração dos
Diamantes. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1945. 53 p.
[10] Biblioteca Antônio Torres, Diamantina (MG), 1o catálogo. Inventariado: Pedro José Versiani Filho. Inventariante: Henriqueta Augusta Versiani. Cartório do 2o Ofício, ano 1859, maço 224, p. 138.
[11] Minas Gerais. Secretaria da Agricultura, Comércio e
Obras Públicas. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de Minas
Gerais pelo secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras
Públicas dr. David Moretzsohn Campista no ano de 1893. Fiscalização de Estradas
de Ferro. Ouro Preto: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1893. p. 180.
Pedro José
Versiani. Estrada de Ferro Bahia e Minas. Transferência. Nomeação de engenheiro
fiscal. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano I, no
115, 18 ago. 1892. p. 731, c. 2.
Pedro José Versiani. Secretaria do Interior. Segunda
seção. Nomeação de engenheiro fiscal. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes
do Estado, Ouro Preto, ano I, no 123, 26 ago. 1892. p. 765,
c. 2.
[12] Pedro José Versiani. Noticiário. Atos do governo do estado.
Estrada de Ferro Bahia e Minas. Nomeação de engenheiro-chefe do Prolongamento.
Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano IV, no
185, 11 jul. 1895. p. 4, c. 3.
[13] Minas Gerais. Arquivo Público Mineiro. Fundo da Secretaria
da Agricultura. Série 5: Viação, estradas de ferro, navegação e linhas
telegráficas. Ordens de serviços, correspondências e relatórios. Estrada de
Ferro Bahia e Minas.1895-1897. SA-662. Pedro José Versiani. Ofício de 20 de
julho de 1895, p. 4.
[14] Minas Gerais. Presidência do estado. Mensagem
dirigida pelo presidente do estado Dr. Francisco Silviano de Almeida Brandão ao
Congresso Mineiro em sua primeira sessão ordinária da terceira legislatura no
ano de 1899. Cidade de Minas: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1899.
15 jun. 1899. p. 28-29.
Decreto (estadual) no
1.192, de 4 de outubro de 1898. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do
Estado, Minas, ano VII, no 229, 5 out. 1898. p. 1, c. 2.
[15] Minas Gerais. Secretaria da Agricultura, Comércio e
Obras Públicas. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de Minas
Gerais pelo secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras
Públicas dr. David Moretzsohn Campista no ano de 1893. Ouro Preto: Imprensa
Oficial de Minas Gerais, 1893. p. 137.
Minas Gerais. Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de Minas Gerais pelo secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr. David Moretzsohn Campista no ano de 1894. Ouro Preto: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1894. p. 120.
[16] Minas Gerais. Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de Minas Gerais pelo secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr. Francisco Sá em o ano de 1896. v. I. Ouro Preto: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1896. p. 57 e 64.
Minas Gerais.
Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Relatório apresentado ao
dr. presidente do estado de Minas Gerais pelo secretário de estado dos Negócios
da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr. Francisco Sá em o ano de 1896. v.
II. Ouro Preto: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1896. p. 136.
Minas Gerais.
Secretaria da Agricultura. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de
Minas Gerais pelo secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e
Obras Públicas dr. Francisco Sá em o ano de 1897. Ouro Preto: Imprensa Oficial
de Minas Gerais, 1897. p. 85.
Minas Gerais. Secretaria da
Agricultura. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de Minas pelo
secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr.
Américo Werneck em o ano de 1899. Cidade de Minas: Imprensa Oficial de Minas
Gerais, 1899. Anexo A. Relatório do Diretor da Viação Férrea e Fluvial, p. 91.
[17] Minas Gerais. Secretaria da Agricultura. Relatório apresentado ao dr. presidente do estado de Minas pelo secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr. Américo Werneck em o ano de 1899. Cidade de Minas: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1899. Anexo A. Relatório do Diretor da Viação Férrea e Fluvial, p. 91.
Minas Gerais. Secretaria
da Agricultura. Relatório apresentado ao presidente do estado de Minas pelo
secretário de estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr.
Américo Werneck em o ano de 1900. Cidade de Minas: Imprensa Oficial do Estado de
Minas Gerais, 1900. Anexo A. Relatório da Diretoria de Viação Férrea, Comércio
e Agricultura. p. 28.
[18] Almeida, Ceciliano Abel de. O desbravamento das selvas do Rio Doce (Memórias). Coleção
Documentos Brasileiros, no 103, dirigida por Octavio Tarquínio
de Sousa. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1959. p. 138-172.
[20] Pedro José Versiani. Ministério da Viação e Obras
Públicas. Diretoria Geral de Viação. Segunda Seção. Inspetoria Federal das
Estradas. Nomeação de fiscal. D.O.U., ano LVI, no 221, 23
set. 1917. p. 9.949-9.950.
Pedro José Versiani.
Ministério da Viação e Obras Públicas. Inspetoria Federal das Estradas. Anotações
de posse e transferência em fé de ofício.
[21] Pedro José Versiani. Ministério da Viação e Obras
Públicas. Diretoria Geral de Expediente. Segunda Seção. Comissão de
Fiscalização da Construção dos Ramais de Barra Bonita e Rio do Peixe.
Exoneração. D.O.U., ano LIX, no 79, 6 abr. 1920. p. 6.261.
[22] Pedro José Versiani. Ministério da Viação e Obras Públicas. Diretoria Geral de Expediente. Segunda Seção. Estrada de Ferro Oeste de Minas. Nomeação. D.O.U., ano LXIV, no 245, 19 out. 1925. p. 19.781.
[23] Pedro José Versiani. Ministério da Viação e Obras
Públicas. Diretoria Geral de Expediente. Segunda Seção. Estrada de Ferro Oeste
de Minas. Exoneração. D.O.U., ano LXVI, no 104, 1o
maio 1927. p. 10.121.
Pedro José Versiani. Caderneta de
Associado da Caixa de Aposentadoria e Pensões da Rede de Viação Sul-Mineira e
cinco manuscritos de próprio punho de Versiani com anotações sobre tempo de
serviço dele nas estradas de ferro.
[24] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 1o
de outubro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
I, no 160, 3 out. 1892. p. 965, c. 4.
Secretaria da Agricultura. Terceira
Seção. Dia 19 de outubro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado,
Ouro Preto, ano I, no 179, 22 out. 1892. p. 1.074, c. 2.
[25] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 17 de
dezembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano I,
no 238, 22 dez. 1892. p. 1.390, c. 1.
[26] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 20 de
dezembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
II, no 351, 29 dez. 1893. p. 1, c. 1.
[27] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 26 de fevereiro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano III, no 59, 3 mar. 1894. p. 1, c. 1.
[28] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 21.
Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano IV, no
227, 24 ago. 1895. p. 1, c. 4.
[29] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 29 de
dezembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
VI, no 1, 1o jan. 1897. p. 5, c. 3.
[30] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 16 de julho. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano III, no 196, 23 jul. 1894. p. 2, c. 4.
[31] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 23 de
fevereiro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
IV, no 84, 29 mar. 1895. p. 2, c. 3.
[32] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 29 de
agosto. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano IV,
no 237, 3 set. 1895. p. 1, c. 4.
Secretaria da Agricultura. Terceira
Seção. Dia 17 de setembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado,
Ouro Preto, ano IV, no 253, 20 set. 1895. p. 3, c. 3.
[33] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 3 de
novembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano V,
no 302, 9 nov. 1896.
[34] Secretaria de Agricultura. Terceira Seção. Dia 29 de
setembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano I,
no 158, 1o out. 1892. p. 953, c. 4.
[35] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 29 de
novembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano I,
no 219, 3 dez. 1892. p. 1.284, c. 1.
Secretaria da Agricultura. Terceira
Seção. Dia 7 de dezembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado,
Ouro Preto, ano I, no 230, 14 dez. 1892. p. 1.342, c. 3.
Secretaria da Agricultura. Terceira
Seção. Dia 9 de dezembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado,
Ouro Preto, ano I, no 230, 14 dez. 1892. p. 1.342, c. 4.
Secretaria da Agricultura. Terceira
Seção. Dia 17 de dezembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado,
Ouro Preto, ano I, no 238, 22 dez. 1892. p. 1.390, c. 1.
[36] Secretaria das Finanças. Dia 19 de janeiro. Minas
Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano II, no
21, 22 jan. 1893. p. 1, c. 2.
[37] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 8 de
fevereiro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
II, no 40, 10 fev. 1893. p. 1, c. 3.
[38] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 25 de
fevereiro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
II, no 56, 27 fev. 1893. p.1, c.3.
Secretaria da Agricultura.
Terceira Seção. Dia 25 de fevereiro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do
Estado, Ouro Preto, ano II, no 58, 1o mar.
1893. p . 4, c. 2.
[39] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 30 de
abril. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano IV, no
117, 3 maio 1895. p. 2, c. 1.
[40] Secretaria da Agricultura. Primeira Seção. Dia 4 de
maio. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano II, no
123, 7 maio 1893. p. 1, c. 4.
[41] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 10 de
maio. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano IV, no
126, 12 maio 1895. p. 1, c. 4.
[42] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 20 de
março. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano III,
no 79, 23 mar. 1894. p. 1, c. 3.
[43] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 17 de
março. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano III,
no 79, 23 mar. 1894. p. 1, c. 2.
Secretaria da Agricultura. Terceira
Seção. Dia 20 de março. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro
Preto, ano III, no 79, 23 mar. 1894. p. 1, c. 3.
[44] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Minas
Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano III, no
272, 9 out. 1894. p. 3, c. 1.
[45] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 5 de
junho. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano IV, no
154, 9 jun. 1895. p. 2, c. 1.
[46] Secretaria da Agricultura. Terceira Seção. Dia 18 de
novembro. Minas Gerais. Órgão Oficial dos Poderes do Estado, Ouro Preto, ano
IV, no 313, 22 nov. 1895. p. 2, c. 1.
[47] Minas Gerais. Secretaria da Agricultura. Relatório do
diretor da Viação Férrea e Fluvial, p. 91. Anexo A ao Relatório apresentado ao
dr. presidente do estado de Minas Gerais pelo secretário de estado dos Negócios
da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr. Américo Werneck em o ano de 1899.
Cidade de Minas: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1899.
[48] Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Relatório
apresentado ao dr. presidente do estado de Minas Gerais pelo secretário de
estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas dr. Francisco Sá
em o ano de 1896. Ouro Preto: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1896.
v. I, p. 67-68 e v. II, p. 147, 157 e 161.
[49] Lei (mineira) no 336, de 27 de
dezembro de 1948.
Costa, Joaquim Ribeiro. Toponímia de Minas Gerais. Belo
Horizonte: BDMG Cultural, 1997, p. 448-449.
[50] Cláusula 17a do acordo de 9 de
julho de 1894 celebrado entre o governo do estado de Minas Gerais e a Companhia
Estrada de Ferro Bahia e Minas para o empréstimo da quantia de até Rs
3.200:000$000 destinado à conclusão da Estrada de Ferro de Aimorés a Teófilo
Otoni.
[51] Palazzolo, Frei Jacinto de. Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce. 3 ed. rev. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973. p. 180, 188 e 202-206. (Brasiliana, volume 277).
[52] Matta Machado, Fernando da. A companhia de Santa Bárbara: um caso da indústria têxtil
[53] Ata da instalação da Sociedade de Geografia Econômica
do Estado de Minas Gerais, em Diamantina, filial à de Ouro Preto. Cidade Diamantina, Diamantina, ano I, no
15, 8 jun. 1890. p. 1, c. 2-4 e p. 2, c. 1.
[54] Fazenda São Gotardo. Escritura de compra e venda de
16 de setembro de 1922. Tabelião: Leonídio José d’Almeida Machado. Outorgantes
vendedores: Pedro José Versiani e sua mulher Maria Amélia da Matta Versiani.
Outorgado comprador: Modesto de Souza Guedes. Primeiro Ofício de Notas da
cidade de Teófilo Otoni, livro no 59, fls. 150/151.
[55] Almeida, Ceciliano Abel de. O desbravamento das selvas do Rio Doce (Memórias). Coleção
Documentos Brasileiros, no 103, dirigida por Octavio Tarquínio
de Sousa. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1959. p. 140, 141, 152, 158,
159, 164, 166 e 169.
O engenheiro civil Pedro J. Versiani.
Nova Philadelphia, cidade de Teófilo Otoni, ano II, no 35, 21
jun. 1896. p. 1, c. 1-3.